Ubaldo VI, rei do país de Karkom, foi um
soberano tão bom, tão carinhoso e tão amante dos vassalos, que, depois de sua
morte, e mesmo em vida, o povo o cognominou – o Bom Rei.
Estando um dia a caçar um coelho, que cães
perseguiam, pulou em seus braços.
O rei acariciou o coelhinho e disse-lhe:
— Já que te colocaste sob minha proteção, não
consentirei que te façam mal. E levou o bichinho para o palácio.
À noite, quando já estava em seus aposentos,
pronto para se deitar, apareceu-lhe uma moça formosíssima, vestida de branco,
com os deslumbrantes e opulentíssimos trajes de uma princesa real, tendo,
porém, cingida à fronte, em vez de uma coroa, uma grinalda de rosas brancas.
Sua majestade ficou admirada de vê-la no
quarto, porque a porta estava fechada, não sabendo como podia ter ela entrado.
— Eu me chamo Cândida e sou uma fada, disse
ela. Estava no bosque, enquanto caçavas, e quis ver se eras bom como todo o
mundo diz. Por isso encantei-me no coelhinho, e saltei em teus braços. Queria
ver se eras bom para os animais, porque sei que quem tem piedade deles, ainda
tem mais pelos homens, seus semelhantes. Se me tivesses recusado socorro,
acreditaria que eras mau. Vim agradecer o serviço que me fizeste, e garantir-te
a minha proteção. Pede o que quiseres, que te prometo fazer.
— Linda fada, disse o bom rei, deves saber o
que desejo. Tenho um único filho que muito estimo, e por isso lhe chamo
Querido. Se quereis conceder-me alguma graça, sede sua protetora.
— De boa vontade, tornou a fada, posso
fazê-lo o mais rico, o mais belo e o mais poderoso dos príncipes. Escolhe o que
queres para ele.
— Nada disso desejo para meu filho, respondeu
Ubaldo. Ficarei muito agradecido se fizerdes dele o melhor de todos os
príncipes. De que lhe servirá ser belo, rico, poderoso, se for um malvado?
Sabeis perfeitamente que seria infeliz, e que só a virtude fará dele um homem
venturoso.
— Tens muita razão, mas não tenho poder para
tanto. É preciso que ele trabalhe para ser um homem virtuoso. O mais que posso
prometer é dar-lhe bons conselhos, protegê-lo, repreendê-lo e castigá-lo pelas
suas faltas, se não se corrigir ou não se punir por suas próprias mãos.
O soberano ficou satisfeito com essa promessa
da fada Cândida, e morreu pouco tempo depois.
O príncipe Querido chorou bastante a perda de
seu velho pai, e daria todos os seus reinos, toda a sua fortuna para salvá-lo.
***
Dois dias após a morte do rei, estando
Querido deitado, apareceu-lhe Cândida, que lhe disse:
— Prometi a teu falecido pai ser tua
protetora, e vim cumprir minha palavra fazendo-te um presente.
E no mesmo instante colocou um anel de ouro
no dedo do moço, dizendo-lhe:
— Guarda com muito cuidado este anel, que
vale mais que todos os tesouros da terra. Todas as vezes que fizeres uma ação
má, ele espetará teu dedo. Mas, se apesar disso, persistires, perderás a minha
amizade e tornar-me-ei tua maior inimiga.
Dizendo tais palavras Cândida desapareceu,
deixando o príncipe admirado.
Querido conservou-se sensato por muito tempo,
a ponto de não sentir o anel espetá-lo nenhuma vez.
Tempos depois, indo à caça, sentiu que o anel
o incomodava, mas não fez caso; e, como não encontrasse pássaro algum para
matar, voltou para casa de mau humor.
Entrando em seu quarto, uma cadelinha que
possuía, chamada Mimosa, começou a saltar-lhe em frente, festejando-o, latindo
alegremente.
— Passa fora! gritou. Hoje não estou disposto
a receber festas.
A cadelinha, não entendendo o que lhe dizia o
príncipe, puxou-lhe a aba do paletó, para obrigá-lo ao menos a olhar para ela.
Isto impacientou o príncipe, que lhe deu um
pontapé.
Nesse momento o anel deu-lhe uma ferroada tão
forte que parecia alfinete. Querido ficou muito admirado, e foi sentar-se a um
canto do quarto, envergonhado da sua ação.
E dizia consigo mesmo:
— Afinal de contas, está me parecendo que a
fada brinca comigo. Que grande mal fiz em dar um pontapé num animal que me
importuna? De que me serve ser senhor de um grande império, se não tenho
liberdade de castigar o meu cão?
— Eu não brinco contigo, disse uma voz que
respondia ao pensamento do príncipe. Cometeste três faltas em vez de uma.
Estavas de mau humor, porque não gostas de ser contrariado, e pensas que os
animais e os homens foram feitos para te obedecer. Ficaste zangado, o que é
malfeito, e demais, foste cruel para um animalzinho que não merecia ser
maltratado. Sei que vales mais que o cão; mas, se é uma coisa razoável e
permitida que os grandes possam maltratar os pequenos e os fracos, agora mesmo
eu, que sou fada, podia castigar-te, e até te matar, porque sou mais forte que
tu. A vantagem de ser senhor de um grande império não consiste em poder fazer o
mal que se quer, mas sim todo o bem que se pode.
O jovem confessou a sua falta; e prometeu
corrigir-se; mas depressa faltou à palavra. Em pequenino fora criado por uma
velha ama que lhe fazia todas as vontades. Se acaso desejava alguma coisa,
fazia manha, gritava, batia com o pé, esperneava a ponto de, para se calar lhe
darem o que pedia. Ficou por isso com um gênio muito irascível. E demais, a ama
lhe dizia sempre que ele um dia havia de ser rei e governar o povo, de sorte
que todos teriam que lhe obedecer.
Mais tarde, quando moço, o príncipe
compreendeu o seu mau gênio, mas não pôde emendar-se dos defeitos que na
meninice adquirira.
Dizia, então, consigo mesmo:
— Sou bem desgraçado em ter de combater todos
os dias a minha cólera e o meu orgulho. Se me tivessem corrigido quando
pequeno, hoje não sofreria tantos dissabores.
O anel ferroava-o muitas vezes. Em várias
ocasiões, ele se detinha em alguma ação má; mas em outras continuava, e o que
havia de singular era o anel que o picava pouco por uma falta ligeira; mas
quando fazia alguma maldade, o sangue saía do dedo.
Por fim aquilo o impacientou, e querendo ser
livre, jogou o anel fora, livrando-se dessa maneira das constantes ferroadas.
Julgou-se desde então o homem mais feliz do
mundo, e começou a praticar toda a sorte de loucuras, de modo que se tornou um
homem mau e perverso, que ninguém podia aturar.
Meses depois, percorrendo a passeio as ruas
da capital, avistou à janela de uma casa de modesta aparência, uma formosíssima
jovem, por quem imediatamente se apaixonou.
Essa moça, embora fosse de família
paupérrima, não era ambiciosa, e fora criada com muito recato e honradez por
seus pais. O príncipe, porém, julgando-a facilmente, imaginou que ela ficaria
satisfeitíssima se lhe desse a mão de esposo. Assim dirigiu-se sem mais demora
à casinha, e perguntou-lhe o nome. A rapariga respondeu que se chamava Zélia, e
que era pastora. Então Querido propôs-lhe o casamento.
Espantada com tão brusca proposta, e não
gostando do príncipe, a quem raríssimas vezes via, a formosa jovem recusou a
honra que lhe fazia o filho do falecido rei.
— Por quê? perguntou Querido. Acaso te
desagrado eu? ou me achas muito feio?
— Não, príncipe, sei que sois belo, porque
agora mesmo estou olhando para vossa alteza. Mas que me serviriam vossa beleza,
vossa riqueza, lindos vestidos, carros magníficos que me désseis, se as más
ações que vos visse praticar todos os dias, me forçariam a vos desprezar e
odiar? respondeu ela com a máxima franqueza. Querido encolerizou-se muitíssimo
com aquela recusa e mandou que os seus soldados a trouxessem ao palácio.
Passou todo o dia agitado e, como estava
verdadeiramente apaixonado, não teve coragem de lhe fazer mal.
Entre os seus favoritos havia um, chamado
Xerim, seu irmão de leite, em quem ele depositava toda a confiança.
Esse homem, que tinha inclinações baixas,
próprias de um mau-caráter, lisonjeava as paixões do seu amo, e dava-lhe
péssimos conselhos.
Assim que viu o príncipe triste, tratou de
indagar o motivo.
Respondeu-lhe o jovem que não podia suportar
o desprezo de Zélia, e que estava disposto a corrigir-se de seus defeitos, já
que era preciso ser virtuoso para agradar à moça.
O perverso Xerim aconselhou-o, então:
— Príncipe, sois muito criança em vos incomodares
com uma pastora. Se eu fosse vossa real majestade, obrigá-la-ia a obedecer-me.
Lembrai-vos de que sois rei, e que é ridículo a tão alto personagem sujeitar-se
aos caprichos de uma plebeia, que ficaria muito contente em ser vossa escrava.
Prendei-a a pão e água, e vereis se ela consente ou não em se casar convosco.
Ficareis desonrado, se souberem que uma moça do povo resiste aos vossos
desejos.
— Mas não ficarei desonrado se fizer morrer
uma inocente, porque Zélia não é culpada de nenhum crime? replicou Querido, que
ainda tinha uns restos de bons sentimentos.
— Uma pessoa não é inocente, quando não
cumpre as vontades de seu rei, retorquiu o infame. Contudo, é preferível que
vos acusem de uma injustiça, do que de se estabelecer o princípio de
desrespeito a um rei tão ilustre.
O favorito tocou o ponto fraco do rei que,
receoso de ver a sua autoridade desprestigiada, abafou a vontade de se
corrigir, e partiu para o quarto onde estava a moça, disposto a fazê-la
consentir no casamento, ou então vendê-la como escrava no dia seguinte.
Quando o príncipe abriu a porta do quarto em
que prendera a jovem, com a chave que sempre trazia no bolso, ficou como doido
por não encontrá-la. Zélia havia fugido.
Existia nesse tempo um cortesão que estimava
muito o príncipe, e que havia sido seu preceptor.
Esse pobre homem, chamado Salomão, mais de
uma vez o aconselhara a reprimir as suas loucuras.
Querido, as primeiras vezes, ouvira-o de bom
modo; mas, por fim impacientando-se, já não queria saber mais do velho, nem dos
seus conselhos, tendo retirado todas as regalias que o preceptor tinha no
palácio.
Salomão, sendo muito sensato, os moços da
corte não o estimavam, e por isso procuravam todos os meios de o molestar.
Assim que o rei deu por falta de Zélia, não
faltaram intrigantes que dissessem ter sido Salomão quem havia facilitado a
fuga da moça, e até contaram que alguns criados ouviram a conversa em que ele
promovia a fuga.
Possuiu-se o jovem soberano de grande raiva,
e mandou que trouxessem o velho Salomão preso.
Depois de dar essas ordens, retirou-se para o
quarto. Apenas, porém, acabava de entrar, a terra toda tremeu, ouviu-se um
grande trovão, e Cândida apareceu-lhe, dizendo:
— Prometi a teu pai dar-te bons conselhos, e
punir-te se recusasses segui-los: desprezaste-os; não conservaste do homem
senão a figura, e os teus crimes te mudaram em um monstro de terror para o céu
e para a terra. Já é tempo que eu termine a minha promessa, castigando-te.
Condeno-te a ficares semelhante aos animais quadrúpedes. Faço-te semelhante ao
leão pela cólera, ao lobo pela gulodice, à serpente pela ingratidão, pois
maltrataste o velho Salomão, aquele que foi teu segundo pai, e ao touro pela
brutalidade. Traze em tua figura o caráter desses animais.
Apenas, a fada acabava de pronunciar tais
palavras, viu-se o príncipe, com horror, tal como ela dissera: um monstro com
cabeça de leão, chifres de touro, patas de lobo, e cauda de serpente. No mesmo
instante achou-se em uma grande floresta, à beira de uma fonte, onde se
refletia a sua horrível figura, e ouviu uma voz, que lhe disse:
— Olha o estado a que te reduziram teus
crimes! Tua alma é mil vezes mais feia que a tua figura.
Reconheceu Querido a voz da fada, e possuído
de furor, quis investir contra ela.
— Zombo da tua fraqueza e da tua raiva. Vou
confundir o teu orgulho, colocando-te sob o domínio dos teus súditos.
A fera foi andando pela floresta quando de
repente caiu num buraco muito fundo.
Era um laço que caçadores de animais ferozes
armavam para fazê-los cair.
Os caçadores, que estavam à espreita,
desceram, foram prender a fera e levaram-na acorrentada para a cidade, onde
estava o seu palácio.
Quando lá chegaram, viram toda a população em
festas, e perguntaram o que significava aquela alegria.
Respondeu-lhes um homem do povo:
— O príncipe Querido só gostava de atormentar
os seus súditos, e por isso fora fulminado em seu quarto por um raio. Deus não
pudera suportar tanta crueldade, e livrara a terra de tão mau rei. Quatro
homens cúmplices de seus crimes, quiseram partilhar o reino entre si, mas o
povo que sabia terem sido os seus maus conselhos que prejudicaram o príncipe,
expulsou-os do país e ofereceu a Salomão, a quem o príncipe Querido queria
mandar matar, a coroa de rei. Esse digno cidadão acaba de ser coroado, e nós
celebramos o dia de hoje como de nossa liberdade, porque Salomão é virtuoso, e
vai trazer a seu povo a paz e a abundância
A fera mordia de raiva a corrente em que estava
presa, ao ouvir esse discurso, porém mais raivosa ainda ficou quando chegou à
praça onde estava o palácio, e viu o velho sentado no trono, e todo o povo a
lhe desejar longa vida.
Salomão fez um sinal com a mão, pedindo
silêncio, e disse:
— Aceitei a coroa que me oferecestes, para
conservá-la ao príncipe Querido. Ele não morreu, como supondes. Uma fada mo
revelou; e talvez, um dia, vós o vejais virtuoso como era nos seus primeiros
anos. Coitado! continuou ele derramando lágrimas, os aduladores o seduziram. Eu
conhecia o seu coração, que era feito para a virtude e se não fossem os maus
conselhos, ele era o nosso pai. Abominai os vossos vícios, mas lastimai o pobre
príncipe, e roguemos a Deus que nos devolva o nosso rei, bom como fora seu pai.
Eu me consideraria muito feliz, se soubesse que meu sangue derramado fá-lo-ia
digno de um povo bom como sois.
As palavras de Salomão foram diretas ao
coração do príncipe, que desde esse dia começou a ser dócil, não mais querendo
partir a jaula em que estava.
O homem que tomava conta das feras, no jardim
zoológico, era um bruto que a toda a hora castigava os animais.
Querido sofria todos os castigos, manso como
um cordeiro, não querendo nunca reagir contra o seu domador.
Aconteceu que um dia a jaula do tigre ficou
aberta por descuido, e o desgraçado domador teria morrido, se não viesse à sua
frente a curiosa fera, que lutando com a outra, a matou, salvando-lhe assim a
vida.
O pobre homem não sabia como acariciar a fera
que o tinha salvo, quando ouviu uma voz que disse:
— Não há uma boa ação sem recompensa.
Nisso, o príncipe foi de súbito transformado
num lindo cão.
O domador, vendo aquele espantoso caso, foi
contar ao rei o sucedido, e este mandou vir para o palácio o cão, que se viu
feliz na sua nova transformação. Mas aí não lhe davam o alimento necessário,
porque diziam que quanto mais comida lhe dessem, mais ele cresceria, de sorte
que o príncipe passou novas provações e, às vezes, até fome.
Certa vez, recebeu ele o seu pedaço de pão e
ia devorá-lo, quando viu uma pobrezinha a arrancar ervas para comer. Teve pena
da pobre mendiga, e deu-lhe o pedaço de pão, dizendo consigo mesmo que ele
poderia esperar pela sua ração até o dia seguinte, e a pobre parecia estar com
tanta fome que era bem capaz de morrer.
Estava pensando na miséria da desgraçada,
quando ouviu grandes gritos. Eram quatro homens que empurravam Zélia pelo meio
da rua, forçando-a entrar numa casa.
O cão sentiu não ser a fera que tinha sido,
para poder livrar a moça que tanto amava. Contentou-se, porém, em latir, até
ver se chegava alguém que a defendesse dos malfeitores.
Não aparecendo quem viesse em socorro da
vítima, o cão começou a esperar por Zélia para ver se ela aparecia.
Nisso viu uma janela abrir-se e imediatamente
jogarem uma porção de carne assada perto do lugar onde ele estava.
O cão, que não comia desde a véspera, estava
já disposto a comer aquela carne, vinda tão a propósito, quando a pobre, vendo-o,
gritou:
— Não comas desta carne, meu cãozinho que
está envenenada.
No mesmo instante o príncipe ouviu uma voz
que dizia:
— Vês tu que uma boa ação não fica sem
recompensa?
E imediatamente viu-se mudado num belo
pássaro azul. Começou a voar até a casa onde vira Zélia entrar, e, depois de
percorrer todos os quartos, voou em direção a um bosque perto.
Qual não foi o seu espanto quando viu a moça
sentada à sombra de uma árvore ao lado de um ermitão!
Assim que a viu, voou ao seu ombro, e começou
a festejá-la.
Zélia encantada pela mansidão do pássaro,
correspondeu às carícias e disse que havia de o amar para sempre.
Então o pássaro se transformou no príncipe
Querido, tal como a moça o tinha visto da primeira vez.
O ermitão, vendo aquilo, transformou-se
também na fada Cândida, e disse:
— Está quebrado o encanto, príncipe. Só
voltarias à tua forma humana no dia em que Zélia gostasse de ti. Ela acabou de
o confessar. Vou conduzir-te ao teu reino, onde está à tua espera o mais leal
dos vassalos, o velho Salomão. Confia nele, que é o teu segundo pai. Segue-lhe
sempre os conselhos, que te não arrependerás.
Mal a fada acabou de proferir estas palavras,
o príncipe Querido viu-se no seu palácio, em companhia de Zélia.
O velho Salomão, quando o viu, chorou de
alegria.
Querido tomou conta do reino, e casou-se com
a pastora Zélia, vivendo desde então na mais completa felicidade.
Salomão escreveu a história do príncipe
Querido, tal como acabamos de narrá-la, para ensinamento de todos, grandes e
pequenos, ricos e pobres, fidalgos, e plebeus, reis e vassalos, a fim de que
toda a gente se convença que a felicidade, neste mundo, consiste unicamente em
vivermos em paz com a nossa consciência, fazendo sempre o bem, mesmo à custa
dos maiores sacrifícios e nunca praticando o mal.
---
Ano de publicação: 1896.
Origem: Brasil (Reconto)
Pesquisa e adequação ortográfica: Iba Mendes (2021)
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