Uma cabra, indo pastar, deixou em casa o filho dizendo-lhe que não
abrisse a porta a urso ou a lobo; pois mal lhe iria. Para melhor livrá-lo,
ajustou com ele uma senha: Quando eu voltar disse, para que me abras, hei de
bater três vezes, dizendo — abre que está frio: — só então abrirás. Um lobo
estava à espreita, e ouviu a senha; daí a algumas horas voltou, bateu na porta,
e disse: — Abre que está frio. — Por mais, porém, que disfarçasse a voz, e
procurasse imitar a da cabra, o cabrito teve desconfianças, e chegando-se à
porta, disse: Minha mãe, mostre pela fresta a sua pata branca; só então lhe
abrirei. Pata branca é coisa de que o lobo nunca dispôs; o nosso espertalhão
não teve remédio senão retirar-se em jejum
MORAL DA
HISTÓRIA: Nunca
sobram precauções ; se fiando-se à senha, o cabrito tivesse aberto a porta,
onde teria ido parar?
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Ano de
publicação: 1852.
Origem:
Brasil (imitadas de Esopo e La Fontaine)
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