O LENHADOR E A MORTE
“Que lidar insuportável este a que me sujeita a sorte!” exclamou
um pobre lenhador atirando ao chão um grande feixe de lenha que vinha
carregando. “Desde que amanhece vou para o mato, e até que anoitece meus pobres
braços não largam o machado. E com tanto trabalho, mal tenho um bocado de pão
negro e duro para matar-me a fome, mal velhos andrajos, que me não resguardam
do frio. De que me serve a vida? Morte, vem valer-me”. Nesse momento
apareceu-lhe a morte. “O que queres?” disse-lhe; “aqui estou para te servir”. O
lenhador estremeceu, e já arrependido dos seus votos, lhe disse: “Chamei-te
para me ajudares a carregar a minha lenha”.
MORAL DA
HISTÓRIA: Os que nas
aflições da vida invocam a morte, grande logro levariam, se fossem atendidos.
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Ano de
publicação: 1852.
Origem:
Brasil (imitadas de Esopo e La Fontaine)
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