O GAVIÃO E O SABIÁ
Já tendo crescidinhos os filhos, o sabiá largou uma vez o ninho,
para ir em busca de alimento. De volta achou próximo um gavião. Espavorida a
mãe com a presença da ave de rapina, não fugiu, pois era mãe, e procurou com
súplicas salvar a prole. “Bem,” disse o outro, “não matarei teus filhos, se
quiseres cantar alguma coisa que me divirta.” Impondo silêncio à sua aflição,
começou o sabiá as suas mais belas, mais suaves melodias. Não presta, não
presta, brada o gavião, é velha como minha avó esta música. Disse e ia devorar
os filhinhos do sabiá, quando atraído pelo canto chega um caçador, que o mata.
MORAL DA HISTÓRIA: O malvado que escarnece do desgraçado, acha sempre castigo imediato.
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Ano de
publicação: 1852.
Origem:
Brasil (imitadas de Esopo e La Fontaine)
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