Ricamente ajaezado, ia um soberbo corcel dar o seu passeio.
Pesadamente carregado vinha um sendeiro para o mercado. Encontraram-se. Tira-te
daí, miserável, bradou o corcel irado, vê lá que me não sujes. O outro calou-se,
e sofreu. Daí a tempos, o cavalo adoeceu, e perdido todo o seu merecimento, foi
vendido para cargueiro; puseram-no a carregar carvão. Encontrou um dia o
sendeiro. “Irmão! onde está aquela arrogância? onde aqueles jaezes? sendeiro
como eu, e ainda menos que eu, carregas carvão! Tira-te daí; vê lá que me não
sujes!”
MORAL DA HISTÓRIA: Por mais elevados que estejais, não desprezeis ao vosso semelhante; a roda da fortuna desanda tão fácil quão imprevistamente.
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Ano de
publicação: 1852.
Origem:
Brasil (imitadas de Esopo e La Fontaine)
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