A lenda relativamente a este vegetal é uma
lenda alemã.
O diabo apaixonando-se por uma formosa
princesa, esposa de um grande rei do país do Sol, roubou-a, encerrando-a em
recônditos jardins situados entre altas montanhas.
Como a princesa chorasse constantemente por
se ver só, o diabo deu-lhe uma vara mágica e disse-lhe que quando quisesse
companhia tocasse com ela um rabanete que ele logo se animaria transformando-se
em uma mulher. Porém as companheiras que a princesa obtinha desta forma só
viviam enquanto os rabanetes tinham suco. Logo que secavam as donzelas morriam.
A princesa desejando enganar o diabo
pediu-lhe para que lhe desse uma vara mágica com a qual pudesse transformar os
rabanetes nos animais que quisesse. O espírito das trevas imaginando que desta
forma obteria as boas graças da princesa acedeu gostoso. Esta, obtida a vara
mágica, transformou um rabanete em abelha que mandou como mensageira ao esposo.
A abelha não voltou e ela transformou outro rabanete em grilo que faz seguir o
mesmo caminho. Como o grilo não regressasse tocou um terceiro rabanete que
transformou em cegonha e esta traz-lhe o esposo. Nisto o diabo, desconfiando
que estava sendo ludibriado foi contar os rabanetes mas, enquanto se entretinha
com este serviço, a princesa transformou um rabanete, que já tinha escondido de
prevenção, em fogoso cavalo e, montado nele, juntamente com o esposo, fugiu
para sempre do poder do diabo.
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Ano de publicação: 1892
Origem: Portugal
Pesquisa e adequação ortográfica: Iba Mendes (2021)
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