Narciso era um mancebo de uma formosura sem
igual, formosura de que se orgulhava em extremo.
Um dia, debruçando-se sobre um regato,
envaideceu-se tanto com a frescura e correção do rosto refletido na água que se
julgou superior em beleza a todos os seres celestiais. Estes, em castigo,
transformaram-no na flor que em memória do fato ainda hoje lhe conserva o nome.
Pausânias diz que Narciso se afogou pensando
ver na água, onde o seu rosto se refletia, a imagem de uma irmã bem amada.
Gubernatis crê que esta lenda representa o
sol poente que contempla no espelho do mar, onde vai desaparecer, a imagem de
sua irmã a lua.
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Ano de publicação: 1892
Origem: Portugal
Pesquisa e adequação ortográfica: Iba Mendes (2021)
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